Ontem decidimos visitar uma crente que vive a cerca de quatro horas do escritório, em uma pequena aldeia costeira alemã chamada Gromitz, no Mar Báltico. Este estado é chamado de Schleswig Holstein (Esta é a região em que se originaram as raízes da família do irmão Fred Sothmann). Esta irmã tem estado em contato com a GVD há pelo menos 20 anos, e recebeu muitos milhares de livros no passado, os quais ela utilizou para uso missionário.
Era um dia frio de janeiro, e só podíamos confiar no Senhor que a encontraríamos em sua casa. Ela não tem telefone e só escreve cartas manuscritas para o nosso escritório. Quando cheguei lá, procurei equivocadamente pelo número do apartamento errado. Enquanto procurava pelo endereço certo, deparei-me com algumas pessoas na rua que estavam dando um passeio dominical e decidi perguntar se sabiam informar sobre uma mulher idosa que mora em algum lugar no conjunto habitacional do governo.
Disseram-me que tinham conhecimento de uma mulher idosa que sempre usa vestidos longos, tem cabelo comprido e é vista nas lojas locais. Acho que ela é conhecida como uma pessoa estranha na região. Bem, eu lhes disse: “Sim, parece ser a pessoa que estamos procurando.” Disseram-me que ela morava num apartamento em algum lugar rua abaixo.
Escolhi aleatoriamente o primeiro apartamento da esquina e bati na porta. Demorou para alguém abrir a porta, e aconteceu de ser a irmã que eu estava procurando! Ela tinha uma pequena lupa para tentar ver quem estava de pé em frente à porta. Eu disse: “Sou o filho do irmão Heino Buitenkamp.” Então ela me reconheceu de visitas anteriores, e rapidamente nos disse para entrar. Ficamos sensibilizados ao ver sua condição de vida, mas maravilhados de como ela não se queixou de modo algum, e disse que o Senhor tem sido tão bom para ela e tem provido todas as suas necessidades.
Ela não tem companheirismo com nenhum crente, e está totalmente isolada onde mora. Fomos os únicos crentes que ela viu há anos, embora nos correspondamos regularmente com ela.
Seu nome é irmã Hannah Lehman, que passou a maior parte da vida na antiga Alemanha Oriental durante o período comunista, atrás da Cortina de Ferro. Quando minha esposa e eu entramos em sua casinha, percebemos que ela não tinha aquecimento e estava de casaco dentro de casa. Ela tinha um fogão à lenha, mas está velha demais para apanhar lenha para o fogão. Consequentemente, ela usa seu forno elétrico para aquecimento em sua pequena sala de visitas onde ela vive e dorme em um sofá de dois lugares (nem parecia longo o bastante para ela dormir).

Quando entramos na casa, notamos que ela rapidamente ligou o forno e abriu a porta do mesmo para aquecer a sala. Nós lhe entregamos um pouco de material da Mensagem e um CD player para ela tocar os CDs MP3 em alemão (Ela tinha dado seu próprio player para outros poderem ouvir a Mensagem). Nós lhe mostramos como usá-lo tocando uma parte de “Sendo Dirigido pelo Espírito Santo” da visita do irmão Branham à Alemanha em 1955. O irmão Branham mencionou logo no início que “a Alemanha está realmente pronta para um despertamento espiritual.” Ela realmente sorriu quando ouviu essas palavras.
Ela nos contou que tinha testemunhado a muitos em sua cidade, nas mercearias locais e aonde quer que vá a pé. Então nos mostrou como procura endereços de igrejas nas Páginas Amarelas ou endereços de indivíduos na lista telefônica e envia pelo correio um livro da Mensagem do irmão Branham em alemão a cada endereço que encontra localmente e em toda a Alemanha, arcando com os custos. Ela não usa óculos de leitura, mas uma lupa para poder enxergar. Nós nos asseguramos de que ela estivesse suprida de alimentos e das necessidades diárias, e fizemos oração com ela antes de partirmos.
Ela queria que eu agradecesse ao irmão José e a todos os crentes em todo o mundo por lhe fornecerem todo o Alimento Espiritual que ela recebeu da GVD.
Deus os abençoe,
Irmão Gerald
GVD Europa
P.S. Durante a Segunda Guerra Mundial, os médicos realizaram experimentos no cérebro da irmã Lehmann com vários medicamentos e operações que resultaram em danos cerebrais. Esta era uma prática comum que os médicos usavam durante a guerra para tentar encontrar curas, mas que fez com que muitos acabassem tendo sérios problemas de saúde mental. Percebe-se que isso afetou sua saúde.
Fiquei surpreso com a capacidade de sua memória, porque ela disse que ora pela família do irmão Branham todos os dias. Ela disse que faz menção de toda a família perante o Senhor, e até mesmo citou seus nomes enquanto estávamos lá.
Também ouvimos a transmissão de “Os Ungidos dos Últimos Dias” com o Tabernáculo Branham durante esta viagem. Fomos tão abençoados enquanto ouvíamos a transmissão, que saímos da rodovia e estacionamos em uma pequena estrada rural, e o irmão José mencionou justamente sobre aqueles que estavam escutando no carro. (Aconteceu de sermos nós aqueles que estavam no carro.)