O seguinte artigo foi escrito na revista Arauto da Fé em fevereiro de 1959.
POR LEN J. JONES
A primeira reunião de Branham que assisti foi em Vernon, Colúmbia Britânica, Canadá, oito anos atrás.
A segunda foi em Shreveport, Louisiana, há quatro anos. Escrevi sobre ela na revista “A Evidência.” Poucos artigos que escrevi despertaram tanto interesse quanto este.
E agora acabo de assistir minha terceira reunião, desta vez em Greenville, Carolina do Sul.
Meu propósito em assistir foi duplo, primeiro, para poder ver o irmão Branham falar sobre os encontros na Austrália e Nova Zelândia, e segundo, para poder desfrutar do seu ministério novamente e ver o que tinha acontecido desde a minha experiência anterior.
Em conexão com o primeiro propósito da minha presença a esta reunião, os amigos australianos e da Nova Zelândia estarão interessados em saber que o irmão Branham concordou em ir à Austrália e Nova Zelândia em fevereiro do próximo ano, se preparativos adequados puderem ser feitos. Agora, permitam-me deixar isso claro para que não haja mais mal-entendidos mais tarde—ele não deu sua última palavra, o que fará em dezembro, mas me disse que poderíamos reservar as instalações necessárias em ambos os países. Naquele momento ele disse que tinha vontade de dizer definitivamente que estaria tudo bem, mas pensava que talvez devesse esperar antes de dar a palavra final.
Ele insistiu bastante que não queria cometer um erro, e que se fosse da vontade de Deus, as coisas iriam acontecer, senão, pouco aconteceria. Ele tinha pouco desejo pessoal que fosse de um jeito ou de outro, mas só queria fazer a vontade de Deus em todas as coisas. Ele contou a história de um homem dirigindo uma orquestra diante de uma grande multidão de pessoas, que continuamente olhava em direção diferente àquela em que o povo se achava, para a galeria. Quando lhe perguntaram por que, ele explicou que na galeria estava o seu professor, e que ele somente procurava lhe agradar, e então tudo estaria bem. O irmão Branham disse que era para o Senhor, e não para as pessoas ao redor, que deveríamos olhar e nos esforçar para agradar em todos os momentos e em tudo.
Ao passar a tarde com o irmão Branham na companhia de Joseph Mattsson Boze, de Chicago, foi muito inspirador discernir a absoluta e completa consagração do irmão Branham. Raramente na vida, se é que alguma vez o fiz, encontrei um homem tão absoluta e completamente rendido a Deus, e tão completamente desejoso de agradá-Lo em todas as coisas. Normalmente, quando se solicita reuniões a evangelistas, eles querem saber sobre passagens, despesas e ofertas de amor. O irmão Branham nem sequer pensava nessas coisas, de fato saiu do seu roteiro em duas ocasiões para me dizer: “Irmão Jones, se eu for à Austrália e Nova Zelândia, não quero um centavo do seu povo ou dos seus países.” E ele quis dizer exatamente isso!
Os pregadores americanos dão muito valor à maneira que se vestem, e geralmente parecem ter acabado de sair de uma loja de roupas. No culto da noite notei que o irmão Branham estava com uma calça diferente do seu paletó, algo que simplesmente não se faz nos EUA, onde a roupa parece significar tanto, e poucos são corajosos para romper com isso. Sempre apreciei o que Edwin Orr disse quando esteve na Nova Zelândia. “Vocês sabem,” ele disse, “as pessoas me chamam ‘Orr de um terno só.’” É preciso coragem para ser diferente. Em minha última visita, mencionei como os pregadores americanos dão valor a carros, quase julgando o sucesso de um homem pelo carro que ele dirige. Nesta conferência em particular, onde o irmão Branham foi o palestrante principal, todos apareceram em seus belos carros, o retrato da elegância, mas o irmão Branham chegou dirigindo sua caminhonete. Ele não parece se preocupar com essas coisas neste país, em que, mais do que em qualquer outro que conheço, as pessoas se importam tanto em “se manterem equiparadas aos Joneses.” Os olhos de Branham parecem estar sempre voltados para o Mestre na galeria, procurando somente pelo Seu sorriso, e não para as pessoas ao redor.
Sua mensagem aquela noite foi sobre o Senhor Jesus Cristo sendo o “mesmo, ontem, hoje e eternamente.” Ele disse que se assim fosse, deveríamos esperar que Ele fizesse naquela noite as coisas que costumava fazer. E então comentou: “E Ele fará.” William Branham pratica o que nós pregamos. Ele contou como Jesus disse a Natanael: “Antes que Filipe te chamasse, quando estavas debaixo da figueira, te vi Eu.” (João 1:48) Ele mencionou que Jesus disse à Mulher junto ao Poço: “Porque tiveste cinco maridos, e o que agora tens não é teu marido” (João 4:18). O irmão Branham disse que isso foi o que Jesus fez ontem, e era também o que Ele ia fazer aquela noite. E fez!
A primeira pessoa que veio a ele aquela noite foi uma mulher. Ele disse: “Aqui está uma mulher como a mulher junto poço, eu nunca me encontrei com ela antes. Agora mesmo, esta Bíblia vai ser provada verdadeira ou falsa. Não conheço esta mulher em absoluto—ela pode ser uma boa mulher ou pode ser má—ela pode ser uma pecadora ou pode ser uma santa. Observem agora e veremos o que acontece.” Ele então se virou para ela e disse que ela tinha vindo para receber oração por seus olhos, pois estava perdendo a visão. Ele esperou, e depois continuou dizendo-lhe que um dos nervos de seu olho estava morrendo. Ele então lhe disse que ela era de Chicago e que estava orando por seu genro que estava morando em Ohio e estava morrendo. A mulher confirmou que tudo o que ele disse era verdade, e saiu da plataforma soluçando ao chorar, assim como também estavam muitos outros na congregação.
A próxima pessoa que veio a ele foi um homem. Branham comentou: “Aqui está um completo desconhecido para mim, e é como Natanael de antigamente.” Disse-lhe que ele era um cristão e que seu problema estava em sua cabeça, e que ele também estava preocupado com sua esposa que tinha certa doença que ele falou qual era. Ele então olhou para ele e disse: “O irmão é pregador, e seu nome é Carter.” Completamente persuadido, como alguém que viu o Senhor, o pregador, em lágrimas, saiu da plataforma.
A terceira pessoa foi outra senhora. Ele olhou para ela e disse que ela não estava lá para ela mesma, mas por sua cunhada que morava na Califórnia, que estava no hospital com uma úlcera no pé sendo atendida pelo médico. Então ele comentou com ela: “A irmã foi curada de câncer em uma reunião anterior minha, e está orando para seu pai parar de fumar.”
O irmão Branham nunca errou. Não havia nada de suposição nisso. Não era adivinhação. Ele não lhes perguntava se era assim, mas lhes dizia com autoridade que era assim, sem qualquer hesitação ou dúvida. Ele lhes pedia para levantarem as mãos se lhes tinha dito a verdade para que a audiência soubesse. Isso todos faziam sem exceção.
Ele disse à próxima pessoa: “Você está sofrendo de um transtorno nervoso, hemorroidas e varizes, e está orando por seu filho que tem ataques epilépticos.”
Enquanto escrevo este relato, asseguro-lhes que não há nenhum engodo nisso. Não há truques nisso. Este homem chama a atenção pela sinceridade, e não há ninguém na grande congregação, pecador ou santo, que pense por um momento que este homem não seja real e sincero e tão lindamente transparente. É uma experiência incrível estar em uma reunião como esta. Torna-se mais fácil crer nos milagres da Bíblia. Branham está em uma classe própria—ele vive em uma dimensão diferente, não apenas uma dimensão diferente em relação ao sobrenatural, mas em uma dimensão diferente também no que diz respeito à sua total consagração. Este homem nunca será valorizado até depois que tenha partido, e então talvez se fale a seu respeito com reverência.
Naquela noite de quinta-feira, enquanto estava na plataforma do grande Salão dos Têxteis em Greenville, Carolina do Sul, ele parou e olhou em direção à congregação. Olhando em certa direção, ele disse: “Lá está a Sra. Kay. Ela vem de Spartenburg. Ela sofre de câncer e tem orado para que eu a notasse e sua condição.”
Gostaria de chamar sua atenção para o fato de eu ter relatado todos os casos e não omitido nenhum—estes não são determinados casos escolhidos de muitos, mas um verdadeiro relato de todos que apareceram na frente dele. Eu os anotei no exato momento.
Ao próximo homem, ele disse: “O irmão é um jovem pregador. O irmão não veio em favor de si mesmo. O irmão veio de Macon, Geórgia, em favor de um ministro batista que precisa de oração, na verdade ele pagou sua passagem a fim de que o irmão pudesse vir em seu favor.”
Em todos os casos, o efeito sobre as pessoas era eletrizante. Elas soluçavam ao lhes revelar ele estas coisas, e a grande multidão não conseguia se conter quando estas coisas eram mencionadas. Eu relatei fiel e exatamente o que aconteceu. Deixo que vocês julguem e cheguem às suas próprias conclusões sobre como tudo isto aconteceu. Asseguro-lhes que não houve imperícia, nem hesitações e nem erros—o dom foi absolutamente perfeito em todos os casos. Também lhes asseguro que, se conhecessem melhor este homem, vocês não teriam dúvidas quanto à fonte de sua inspiração, e teriam medo de dizer uma palavra contra ele. À tarde, ele me contou como tudo aconteceu—ele é muito humilde e sincero e não tem nada a esconder. Se cometesse um erro, o que nunca faz, ele seria o primeiro a reconhecê-lo. Ele é um dos homens mais mansos e humildes que se poderia conhecer, enfático em seus louvores a outros (ele se refere continuamente à grande obra que Billy Graham e Oral Roberts estão fazendo), mas tão humilde quanto ao seu próprio ministério.
Durante as duas primeiras noites ele pregou e não orou pelos enfermos. Quando perguntou quantos gostariam que ele orasse pelos enfermos aquela noite, a resposta foi unânime. Tudo o que ele observou foi: “Bem, isso prova que não sou pregador.”
Depois que estes receberam oração na plataforma, ele olhou para a grande audiência e então se dirigiu a pessoas por toda parte. Olhando em uma direção, ele disse: “Há um ancião sentado aqui com uma dupla ruptura. Lá está uma senhora com um tumor no nariz—não consigo ver o tumor, mas sei que está lá. É um câncer de pele. Ela foi à fila de cura, mas descobriu que tinha o número errado e voltou para seu assento.” Olhando em outra direção, ele disse: “Aquele homem de camisa branca tem problemas de estômago—vá e coma um hambúrguer em Nome do Senhor. Mais adiante está um homem com câncer.”
E assim prosseguiu sem qualquer hesitação ou demora, e sem dúvida tudo o que ele disse era verdade. Em nenhum caso ele cometeu erro. Não havia nenhum pensamento de erro ou suposição—nunca há.
A grande multidão em prantos soluçava e soluçava. O missionário da Indonésia (Rev. Dal Walker), que se sentou ao meu lado, disse-me que sentia que algo lhe estava acontecendo por dentro, e que queria chorar e chorar. Ele disse que poderia ter ficado em soluços diante de todos, e teria feito isso, só que teria parecido tão ridículo, e assim se conteve. Naquela noite, depois das reuniões, enquanto dirigíamos à noite atravessando Carolina do Sul, Geórgia, até sua cidade natal no estado do Alabama, ambos admitimos que tínhamos visto coisas estranhas aquela noite. Ele estava muito entusiasmado em contar à sua esposa, Dorothy, o que tinha visto, e mencionou a ela muitas vezes, como desejaria que ela tivesse estado lá. Na manhã seguinte, enquanto pregava, ele narrou detalhadamente à sua congregação o que tinha acontecido na reunião de Branham em Greenville, Carolina do Sul.
Tudo terá valido a pena,
Quando virmos a Jesus.
As provas da vida parecerão tão pequenas,
Quando virmos a Cristo.
Um vislumbre de Seu querido rosto,
Apagará todas as tristezas,
Então, corajosamente corramos a carreira,
Até virmos a Cristo.
—I. Bonney.