Dois anos atrás, durante as férias escolares de verão, meus dois filhos Emmanuel e Chipego queriam passar uma semana com minha mãe. Mamãe estava sofrendo devido a dois derrames que a deixaram de cama por mais de quatro anos. Chipego, meu filho mais novo, tinha cinco anos e estava muito animado para ir ver a avó.
Chegamos à noite e meus filhos correram para o quarto onde mamãe estava. A animação e expectativas deles foram breves, porque mamãe estava muito mal. Ela estava imóvel, não podia falar, incapaz de nos reconhecer e olhando somente em uma direção.
Meus filhos e eu ficamos sem palavras e receosos que logo partisse. Na hora de dormir, Chipego pediu para orar. Sua oração foi muito simples e parecia que falava com alguém fisicamente presente. Foi assim:
“Querido Jesus, obrigado por nos proteger na viagem. Sabe que eu amo a vovó, mas ela me assustou hoje. Eu quis falar com ela, mas ela não podia e estava com o olhar parado. Peço uma coisa, querido Jesus. Quero que a vovó me veja, me cumprimente e fale comigo amanhã de manhã. Em Nome de Jesus, amém.”
Na manhã seguinte, ele acordou cedo e nos disse para segui-lo enquanto ia para o quarto de mamãe. Mamãe estava acordada e quando se virou, reconheceu Chipego e o chamou pelo nome. Ela o cumprimentou e puxou a mão dele para dar um abraço. Meu filho pulou gritando: “Vocês viram? Eu pedi a Jesus, sim, pedi a Jesus!” Estávamos muito felizes e nos abraçávamos.
Papai voltou correndo bem na hora que mamãe segurava Chipego. Papai explicou que foi a primeira vez em vários meses que mamãe falou e mexeu o corpo. Foi muito bom o companheirismo durante a semana que passamos com eles.
Irmã Fidelis
Zâmbia