Algum tempo atrás havia um... Aqui em Indiana havia dois rapazes que foram criados em uma fazenda. E eles eram paupérrimos, rapazes da roça. E cresceram juntos. E um dia um deles se casou. E alguns dias depois, o outro se casou.
E um deles foi morar na cidade. E ele começou a jogar no mercado de ações, afastou-se dos ensinamentos de sua infância, entrou na coisa errada. E jogou nisso, e ficou cada vez mais rico, até finalmente ficar multimilionário. E ele se mudou para Chicago, e comprou numa das principais ruas e construiu para si um palácio. Ele e sua esposa iam a boates, e tomavam coquetéis, e ficavam fora a noite toda. Eles tinham mordomos e tudo mais para servir-lhes tudo o que queriam. E achavam que estavam aproveitando a vida.
Mas um homem que vive assim não tem paz. Não há paz para um coração conturbado. Para um coração pecaminoso, não pode haver paz. Se um homem anseia beber, e chama isso de vida, acha que está se divertindo muito, isso mostra o seu vazio. Pegue um homem que ganha um milhão de dólares, ele quer dois. Pegue um homem que vá a uma festa e beba um drinque esta noite, ele quer outro. Pegue um homem que seja infiel à sua esposa uma vez, ele será novamente; vice-versa. Veja, é impressionante, e ele nunca está satisfeito. Ele pode ter um milhão de dólares nas mãos, ou dez milhões na mão; ele se deita à noite em estado de embriaguez; ele acorda na manhã seguinte assombrado, pesadelos, mente perturbada. E chama-se isso de paz? Isso não é paz.
Mas um homem pode nem mesmo ter um travesseiro em que recostar a cabeça; ele pode nem mesmo ter um bom par de sapatos, ou pode nem ter uma boa refeição em casa; mas se Deus reina em seu coração, ele vai para a cama feliz e acorda feliz. É uma paz duradoura. É algo que Deus faz.
Este indivíduo tinha esquecido aquele ensino. Ele passou a jogar. Chegou a época do Natal. Ele pensou em seu amigo, então lhe escreveu uma carta. O nome de um deles era Jim, o rico. E John era o pobre. E ele lhe escreveu uma carta, e disse: “John, gostaria que você viesse me visitar no feriado de natal. Eu gostaria de me encontrar com você, falar com você novamente. Faz muitos anos que não o vejo.”
Ele lhe respondeu, e disse: “Eu gostaria de ir, Jim. Mas não posso; não tenho dinheiro para ir.”
Um cheque chegou pelo correio dentro de alguns dias, dizia: “Venha. Quero que você venha de qualquer maneira.” Assim John se aprontou, rapaz do campo, vestiu um bom macacão limpo, e seu chapéu de palha, e seu pequeno casaco de cor diferente, e embarcou no trem.
E quando chegou lá, havia um chofer lá para recebê-lo com uma grande limusine. Ele não sabia como agir. Ele entrou nessa limusine, segurando o chapéu na mão, olhando em volta, foi levado a um grande palácio em Chicago. Saiu e foi até a porta e tocou a campainha. Um mordomo saiu e disse: “Seu cartão, por favor, senhor.” Ele não sabia do que ele estava falando. Ele lhe entregou o chapéu. Ele estava... Ele não sabia nada sobre cartão para ser recebido. Ele não tinha muito dos bens deste mundo. Ele disse: “Quero o seu cartão.”
Ele disse: “Não sei do que está falando, senhor.” Disse: “Jim mandou me chamar; é o que sei.”
Então ele voltou e contou ao seu colega, que ainda não tinha saído da cama. Ele disse: “Há um homem de aparência estranha na porta.” Disse: “Ele está vestido... Nunca vi um homem vestido como ele. E ele disse que Jim o mandou vir.”
Ele disse: “Diga-lhe para entrar.”
E vestiu rapidamente seu roupão, desceu ao saguão e se encontrou com este velho amigo seu do interior, e apertou sua mão. Disse: “John, não sabe como estou feliz em vê-lo.”
E o velho companheiro do interior, de pé, olhando ao redor da sala, disse: “Jim, você com certeza conseguiu muito.”
Disse: “Quero lhe mostrar a casa.” Ele o levou para cima e saiu para a sacada, abriu a janela.
Disse: “Onde está Martha?”
“Oh,” disse, “ela ainda não chegou; ela saiu ontem à noite.”
Disse: “Como—como vocês estão?”
Disse: “Oh, mais ou menos. John, e como você e a Katie estão?”
Disse: “Estamos bem.”
Disse: “Oh, ela está em casa?”
Disse: “Sim, tivemos sete filhos.” Disse: "Vocês tiveram filhos?”
Disse: “Não, a Martha não quis.” Disse: "Ela achou melhor não termos filhos; isso interfere na vida social. Sabe,” abriu as cortinas, disse, “olhe aqui.” Disse: "Está vendo aquela agência bancária lá?”
Ele disse: “Sim.”
Disse: “Sou o presidente daquele banco.” Disse: “Está vendo aquela empresa de estradas de ferro?”
“Sim.”
Disse: “Tenho um milhão de dólares em ações nela.”
E ele olhou lá em baixo, e viu os grandes jardins e tudo mais, quão bonitos eram. E o velho John ali de pé com seu chapéu de palha na mão, olhando ao redor. Ele disse: “Que ótimo, Jim. Admiro você ter isso.” Disse: “Eu e a Katie não conseguimos muito.” Disse: “Ainda vivemos lá naquela velha casinha de telhado de madeira.” E disse: “Não temos muito, mas somos muito felizes.”
Naquele momento começamos a ouvir a voz de cantores natalinos.
Noite silenciosa, noite sagrada,
Tudo está calmo e tudo está brilhante
Em volta da jovem virgem, mãe e criança,
Menino santo tão meigo e terno.
Jim virou-se e olhou para John; John olhou para o Jim. Disse: “John, quero lhe pedir uma coisa.” Disse: “Lembra-se de quando éramos garotos, e íamos àquela velha igrejinha vermelha ao lado da estrada, e ouvíamos aqueles velhos corais do interior cantarem aqueles hinos?”
Disse: “Sim.”
Disse: “Você ainda frequenta lá?”
Disse: “Sim, eu ainda faço parte de lá.” Disse: “Sou diácono lá agora.”
Disse: “E você, Jim?” Disse: “Você estava falando de quanto possui aqui embaixo.” E disse: “Quanto você possui lá em cima ?”
“John, sinto muito.” Disse: “Não possuo nada lá em cima.” Ele disse: “Lembra-se que, um ano, pouco antes do Natal, não tínhamos sapato?” E disse: “Estávamos mais interessados em conseguir fogos de artifício para o Natal.” E disse: “Saímos e montamos arapucas para pegar alguns coelhos para comprarmos fogos para o Natal.” Disse: “Lembra-se daquela manhã em que aquele grande coelho selvagem estava naquela arapuca sua?”
John disse: “Sim, eu me lembro.”
“Você ia comprar fogos; e você foi e comprou, dividiu-os comigo.”
Ele disse: “Sim.”
Disse: “John, divido tudo o que tenho com você. Mas uma coisa eu gostaria que você pudesse dividir comigo.” Disse: “Eu daria tudo o que tenho, se pudesse caminhar por aquela velha estradinha poeirenta, descalço, até aquela velha igrejinha novamente, e sentir aquela Presença do Deus vivo, quando aquele coral cantava, o antiquado pregador do interior pregava.” Disse: “Eu daria qualquer coisa. Eu daria tudo o que possuo, cada ação da estrada de ferro, e todas as cotas do banco, e esta casa, e tudo, se pudesse voltar e ter aquela bendita paz que tinha quando subia por aquela velha estrada.”
O velho John pegou e o abraçou; disse: “Houve três magos, homens ricos, que certa vez vieram e depositaram tudo aos pés de Jesus, quando bebê,” e disse: “Eles receberam o perdão dos seus pecados.” Ele disse: “Eu iria, ainda que eu fosse... Eu acho que você é maravilhoso, Jim, pois que tem sido abençoado para fazer todas essas coisas. Mas prefiro ter minha esposa e sete filhos, viver lá dormindo em colchões de palha, e ter essa paz que está em meu coração, do que ter toda a sua riqueza, Jim, que você pudesse ter.”
E é isso mesmo, amigos. Riqueza não se mede em dólares. Riqueza não se mede por grandes nomes e popularidade. Riqueza é quando o Reino de Deus entrou no coração humano, mudou suas emoções, e o tornou uma nova criatura em Cristo Jesus, e lhe deu a Vida Eterna. Essa é a maior riqueza da terra.
58-1221E A Unidade de Um Só Deus na Única Igreja