Participei de um Encontro Branham, 1954
É meia-noite e meia. Acabei de chegar de um encontro Branham, e gostaria de anotar minhas impressões enquanto tudo está em minha mente. Sinto que é meu dever para com as outras pessoas contar o que vi e ouvi esta noite. Foi o mais perto do Céu que já estive - o mais perto do Céu que esperei estar na terra. Nunca esquecerei esta noite. Algo aconteceu comigo, e nunca mais serei o mesmo. Vou lhes contar o que vi e ouvi - por favor, acreditem em mim, por incrível que pareça, pois é a verdade.
Ao chegar em Shreveport, o secretário da igreja me disse que o irmão Branham ia pregar na noite seguinte e que nossas duas reuniões foram anunciadas em conjunto. Fiquei muito satisfeito; eu queria tanto estar em uma reunião assim, pois tinha ouvido falar muito sobre o ministério do irmão Branham.
A única propaganda feita de sua reunião foi um anúncio no jornal; nada mais é necessário quando William Branham visita uma cidade. A igreja estava lotada, com pessoas de pé. Algumas vieram de uma distância de 320 quilômetros para aquela reunião. Um dos primeiros homens que conheci foi um pastor de Baton Rouge, a 402 quilômetros de distância, para quem eu havia pregado recentemente. O Rev. Gordon Lindsay, editor da revista A VOZ DA CURA, veio de uma distância semelhante, de Dallas, Texas.
Em sua mensagem esta noite, o irmão Branham disse que deveria ter ido para a África do Sul e Índia ontem, mas enquanto se preparava, um homem veio a ele em sua casa, vestido com uma roupa peculiar com certo apetrecho na cabeça que ele descreveu e que nunca tinha visto antes, e lhe disse: “Não viaje para o exterior até setembro.” Ele olhou novamente (mais tarde ele descreveu o homem para mim) e o homem tinha desaparecido, e ele percebeu que tinha tido uma visão. Foi esse toque milagroso que caracterizou toda aquela reunião, pois ainda estávamos para ver e ouvir muitas coisas maravilhosas. O irmão Branham cancelou imediatamente sua visita à África do Sul e Índia, e partirá conforme instruído. Suas reuniões na Índia estão sendo patrocinadas por um dos principais dignitários da igreja anglicana.
Falando sobre a Escritura “o amor perfeito lança fora o temor,” ele disse que o amor era a coisa mais importante no mundo, e que nada lhe podia resistir. Ele disse que “as pessoas e os animais sabiam se você os amava, e que não se podia enganá-los.” Para ilustrar isso ele contou duas histórias de sua própria experiência.
Certo dia ele estava atravessando um campo aberto quando um touro feroz o atacou. Não havia árvores em que subir e nenhuma cerca para atravessar, pois ele estava no meio do campo. Não havia esperança, senão Deus. Ele disse que uma paz estranha o possuiu, e ele viu que o animal não poderia machucá-lo. O touro bateu o pé no chão por um tempo e depois disparou em sua direção em grande velocidade. Lá estava ele desamparado, no meio do campo, com um touro investindo contra ele. Tudo o que ele fez foi ficar parado lá e dizer calmamente enquanto o touro chegava cada vez mais perto: “Você não pode me machucar, e não quero machucá-lo - agora, vá até lá e deite-se.” O touro continuou vindo até estar a noventa centímetros dele, quando simplesmente parou e fez exatamente o que ele disse. Nossa mente voltou-se para Daniel na cova dos leões.
Ele ilustrou ainda mais o poder do amor, não apenas sobre as pessoas, mas também sobre animais e insetos. Disse que um dia estava cortando a grama sem camisa porque era um dia quente. Um enxame de vespas foi perturbado e veio voando ao redor de seus ouvidos, preparado para atacar. Ele novamente falou calmamente com as vespas e lhes disse para irem embora, pois não queria machucá-las, e não queria que elas o machucassem. Naquele momento elas se afastaram voando calmamente sem molestá-lo. Ele disse que foi exatamente o que aconteceu com o apóstolo Paulo quando a víbora se prendeu à sua mão - ele simplesmente a jogou no fogo, sem medo algum.
Falando de cura, o irmão Branham disse que Jesus não curou a todos no Tanque de Betesda. Ele passou por muitos sem dizer uma palavra. Ele poderia ter curado todos eles, mas não o fez; houve apenas um homem que foi curado. E assim, disse ele, é a mesma coisa hoje. O Senhor bem que pode fazer isto, mas apenas alguns se esforçam para passar e tocar a orla da Sua veste.
Ele disse que Jesus não podia Dele mesmo fazer coisa alguma, por isso que Ele passou por muitos no Tanque de Betesda, e porque não foi no primeiro dia atender a súplica de Maria e Marta, em relação ao irmão delas, Lázaro. Ele tinha de esperar até que o Pai falasse com Ele, pois não podia fazer nada até que o Pai Lhe mostrasse.
Ele disse que Jesus via tudo em visões. Ele discernia os pensamentos dos homens. Que podemos dizer sobre tais afirmações? Que sabemos sobre essas coisas? Isso está totalmente fora do nosso domínio, mas aqui estava um homem que vivia naquele exato domínio, e antes que a noite terminasse, ele faria exatamente o que estava falando, da maneira mais surpreendente. Branham é um homem fora deste mundo! Ele vive completamente em outro mundo! Nunca ouvi tais coisas! Nunca vi tais coisas! Nunca conheci um homem assim, e não espero encontrar outro enquanto viver.
Depois que terminou de falar, ele disse: “Agora, se sou profeta de Deus, as coisas sobre as quais falei acontecerão esta noite. Se não acontecerem, podem me considerar um falso profeta.” Nunca ouvi um homem dizer algo assim! Nunca ouvi um homem falar com tanta autoridade!
Antes do início da reunião os cartões haviam sido entregues por seu filho àqueles que desejavam receber orações. Esses cartões estavam numerados de L 50 a L 100. O irmão Branham disse que oraria por todos com cartões numerados de L 85 a L 100. Do auditório lotado, 15 pessoas se apresentaram para receber oração e ficaram em fila. “Agora,” pensei, “veremos se esse homem vai ficar só na teoria e teologia como o resto de nós, ou se ele tem um conhecimento experimental das coisas que afirma.” Logo me convenci de que ali, de fato, estava um homem que praticava as coisas que pregamos.
Quando as quinze pessoas ficaram na frente dele, ele disse: “Essas pessoas são todas desconhecidas para mim. Nunca as vi antes. Não as conheço de modo algum! Agora,” disse ele, “veremos o que o Senhor fará esta noite. Satanás é apenas um blefe. Jesus ganhou a vitória na Cruz do Calvário e nos tornou o chefe.” Também dizemos a mesma coisa, mas este homem iria demonstrar isso diante de nossos olhos.
A primeira pessoa que ficou na frente dele foi uma mulher calma e magra de meia idade. O irmão Branham era sempre muito gentil e falava calmamente ao tratar com o povo - ele nunca erguia a voz nem ficava agitado ou perturbado. Ele era completamente senhor da situação o tempo todo. Branham é exatamente o tipo de homem que sempre pensei que um cristão deveria ser. Não há nada de turbulento ou arrogante nele. Ele é um homem manso e humilde, no sentido mais verdadeiro da palavra, com um único objetivo na vida, que é agradar ao Senhor. Ele é um homem amado por todos. Ninguém o inveja por seu sucesso ou tem inveja de sua grande popularidade. Ele se sente tão à vontade nos maiores auditórios do país, com 10.000 lugares, que costumam ficar lotados aonde quer que ele vá, como em sua humilde casa, ministrando às pessoas que o procuram lá.
Quando essa primeira pessoa ficou na frente dele, todos ficaram sem fôlego, esperando para ver se o que ele disse ia acontecer naquela reunião. Muitos pregadores contam o que aconteceu em outras reuniões e em outros lugares, mas aqui estava um homem que já havia dito: “Se sou profeta de Deus, as coisas sobre as quais falei acontecerão esta noite. Se não acontecerem, podem considerar-me um falso profeta.”
Ele esperou um pouco, pois não estava com pressa. Falou calmamente com ela como se esperasse pela inspiração: “Agora, não a conheço de modo algum. Nunca nos encontramos antes. Se puder lhe contar coisas sobre a senhora e o que há de errado, a senhora admitirá que o Senhor me revelou isso, pois ninguém poderia fazer tais coisas por seu próprio poder.” Ela concordou. O ar estava eletrificado e a atmosfera estava tensa de excitação e expectativa. Eu agora registro exatamente o que ele disse a ela, pois anotei enquanto dizia:
“A senhora não mora em Shreveport. A senhora vem de um lugar fora da cidade. Vejo que o lugar de onde vem tem muitos pinheiros. Está certo?” A senhora confirmou. “Vou lhe dizer onde é,” continuou ele, “é Camden, Camden, Arkansas. Sim, e seu nome é Dorothy, mas chamam-na Dolly. Sim. É Dolly Yacht, e a senhora tem dois tumores no estômago.”
Quando disse isso, houve grande agitação entre a multidão. Parecia que todos estavam chorando, soluçando e gritando ao mesmo tempo. Algo aconteceu comigo por dentro, e sei que nunca mais serei o mesmo. Por favor, não sugiram que houve algo de falso nisso tudo - a própria atmosfera do lugar e o espírito do homem tornariam esse pensamento quase sacrílego. Tudo isso aconteceu a menos de dois metros de onde eu estava sentado na plataforma. A mulher saiu da plataforma chorando, soluçando e louvando a Deus. Quando a vi pela última vez, ela estava ajoelhada em silêncio em um dos corredores da igreja, com as mãos levantadas louvando a Deus, com lágrimas escorrendo pelo rosto.